O 1º Encontro Regional de Mulheres do Sudeste foi concluído no dia 13 de abril (domingo). O evento ocorreu na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP) e teve como tema norteador dos debates: “Ser Mulher na Educação Federal: trabalho, carreira e cuidado.”
Reunindo mais de 100 participantes entre docentes, técnicas-administrativas e crianças para representar cada seção sindical do sudeste, o encontro foi um solo fértil para escuta, partilha e construção coletiva. Ao longo dos três dias de atividades, foram promovidas mesas de debate, rodas de conversa e oficinas que abordaram temas como assédio institucional, desigualdade de gênero e saúde mental das mulheres nas instituições federais de ensino.
Nossa seção sindical foi representada no evento com a presença da TAE Kissila Aparecida Pereira Joaquim (Secretária de Pessoal Técnico Administrativo) e da Docente Sirley Brandão dos Santos (Secretária de Pessoa Docente).
Desafios e lutas ainda necessárias
Comprometido a adotar processos que auxiliem a luta das mulheres, sobretudo no que diz respeito à melhora das suas condições de trabalho, carreira, participação social e de vida, a sede e suas demais seções sindicais vêem nesse encontro a oportunidade de mulheres partilharem suas vivências e exercerem a sororidade.
Em fala, a integrante da Coordenação de Mulheres da seção sindical de São Paulo, Guery Baute, fala que o evento pode ser resumido na palavra coletividade:
“Durante esses dias nós conversamos sobre temas que permeiam tanto o trabalho como a carreira e o cuidado. Enxergar uma a outra e construir coletivamente com afeto, proposições de políticas públicas para as mulheres dentro dos ambientes institucionais, para a construção de um novo mundo, é essencial. E desse evento fica uma palavra: coletividade”. Conta ela.
No encontro, o GT Trabalhadoras que cuidam apresentou propostas para fortalecer o apoio às mulheres cuidadoras na base do SINASEFE. As pautas incluíram a criação de canais de comunicação, levantamento de dados, produção de materiais informativos e ações voltadas à saúde mental. Além disso, também foram reivindicadas políticas como a ampliação da licença parental, espaços para amamentação e reconhecimento do trabalho de cuidado na aposentadoria.
Foto: Gabriela Guedes/Sinasefe SP
Quanto aos obstáculos ainda existentes, a também integrante da Coordenação de Mulheres, Grazielle Felício, explica que as mulheres sindicalistas se despedem do encontro conscientes de cada um deles que são enfrentados diariamente, seja no ambiente de trabalho ou fora dele:
“A gente sai desse espaço entendendo que apesar dos avanços, nós temos múltiplos desafios: enfrentando o machismo cotidiano no espaço de trabalho, sem falar dos assédios e violências de gênero nos ambientes institucionais. Seja nos nossos cotidianos de trabalho ou no sindicato, entendemos que o evento não acaba aqui e agora”. Enfatiza a sindicalizada.
SINASEFE pelas mulheres
A construção coletiva do Encontro de Mulheres do Sudeste enfatizou a urgência e a necessidade de fortalecer espaços de escuta e acolhimento dentro do sindicato e das instituições federais de ensino:
“A gente tem um desafio maior nesse próximo período, mas que o evento permitiu que a gente pudesse se entender enquanto mulher, se reconhecer nesse lugar de ser mulher e avançar na conquista de um SINASEFE e de uma instituição cada vez mais feminista.” Destacou Grazielle.
Foto: Gabriela Guedes/Sinasefe SP
Nesse sentido, compreendemos que o evento foi apenas a porta de entrada para uma mobilização que, como Guery garante, não pode parar por aqui:
“Por isso convido vocês a se organizarem dentro dos seus ambientes de trabalho, dentro dos seus grupos, para que também façam eventos que tragam mulheres de outras regiões, consigam ouvir a companheira, porque afinal você vai perceber que você tem muito mais semelhanças e construções coletivas com essa companheira do que discórdia”. Conclui.
O SINASEFE reafirma o seu compromisso com a luta das mulheres, seguindo empenhado em construir uma atuação mais sensível às questões de gênero, fortalecendo a participação feminina e promovendo ações concretas para uma educação pública mais justa, inclusiva e feminista.
Texto: Hellen Almeida/Comunicação SINASEFE IF FLUMINENSE
